28.2.07

"Até Quando?"

Não importa a era em que a pessoa viva se ela segue a Jesus será perseguida. Não é por acaso que está escrito em II Timóteo 3:12: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. Em todo o lugar que se vá existe sempre aquele parente que faz questão de dizer quando você está por perto que o pastor da igreja tal apareceu na televisão com malas cheias de dinheiro ou que a igreja “x” enriqueceu por causa do dinheiro dos pobres. Vivemos em uma era de trevas na qual o que passa na televisão se torna verdade inquestionável. Se um creditado jornalista no noticiário da noite fala sobre as ofertas dos fiéis de maneira pejorativa, logo a opinião pública é moldada e ninguém se interessa em investigar pessoalmente como a vida de cada uma dessas pessoas foi transformada milagrosamente. E com isso, a perseguição migra dos parentes de final de semana para as pessoas que mais amamos, dentro da nossa própria casa.

Essa é a pior perseguição, pois nos tornamos prisioneiros dentro da nossa própria casa. Esposas que precisam aproveitar qualquer minuto em que o marido não esteja para que possa orar ou ler a palavra, filhas que precisam suportar a indiferença e ofensas dos pais, filhos que sofrem por causa da discriminação dos seus irmãos ou homens que sofrem por não ter a sua esposa ao seu lado compartilhando da sua fé. Agravando todo esse cenário, ainda tem a sensação de que Deus está indiferente a toda essa situação. Parece que o Senhor se esqueceu ou simplesmente não vê a fogueira que seus filhos estão. Satanás se delicia com toda essa tristeza. Na verdade, ele arruma toda essa perseguição com apenas um propósito: fazer com que você desista. E o pior, é que muitas vezes, ele consegue.

Paulo, que conheceu bem o peso de uma boa perseguição diz em Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. Não é por acaso que o Espírito Santo nos deixa esse e vários outros versículos nos exortando a suportar o sofrimento. Pedro escreveu algo preciso em sua primeira carta, no capítulo 2, versículo19: ”Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente”. A Palavra revela nessa passagem que o sofrimento injusto é agradável. É muito difícil perceber isso enquanto estamos inseridos no problema. Quando estamos sofrendo as ofensas o único pensamento que vem é: “Pronto chegou o meu limite! Pra mim chega, Deus me esqueceu e não quer fazer nada para mudar isso. Ele não está vendo ou não quer ver que passo por isso. Oro incessantemente, faço tudo certo, leio a palavra, evangelizo, busco crescer espiritualmente e o que ganho é chicotada”. Bom, Paulo estava preso, machucado e o que ele fazia nesse tempo era louvar a Deus. A bíblia não fala, mas acredito que Satanás tenha tentado ele a desistir da mesma maneira que tenta a qualquer um de nós. A diferença é que Paulo preferiu prosseguir. Ele escreveu que nada, nenhum tipo de perseguição, nenhuma armadilha de Satanás prevaleceria sobre sua fé em Jesus Cristo. Somos justificados pelo sangue do cordeiro e nenhuma acusação prevalece sobre nós, pois, já fomos justificados de todas elas: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”- Romanos 8:33.

Davi diz no Salmo 41.5 que: “Os meus inimigos falam mal de mim, dizendo: Quando morrerá ele, e perecerá o seu nome?”. Fica surpreso em ver que a perseguição está bem próxima a ele, através das pessoas que ele mais ama: “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” - Salmos 41:9. Mas entende que enquanto os seus inimigos estão falando mal e tramando contra sua vida e sua comunhão com o Senhor, o próprio Deus o sustenta nesse momento: “Quanto a mim, tu me sustentas na minha sinceridade, e me puseste diante da tua face para sempre” (Salmos 41:12).
E se você ainda tem alguma dúvida a respeito de como é bom permanecermos firmes no Senhor, leia o texto abaixo.

Nenhum comentário: