30.8.07

Orar em línguas

Quando Renato Russo adaptou e usou a passagem de 1 Coríntios 13.1 em uma de suas canções, toda a geração dos anos 80 e 90 sabem que: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.” Porém, o que para essa geração não passa de poema e de palavras bonitas, para quem conhece a Palavra de Deus, sabe que o falar na língua dos anjos é falar na língua do Espírito Santo.

No evangelho de Marcos 16.17, Jesus diz que: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas”.
Assim como ir pelo mundo e fazer discípulos, Jesus nos disse que o sinal de se falar novas línguas acompanhariam os que cressem nele.


Quando o Espírito Santo veio à Terra, na noite de Pentecostes, Ele batizou todos que estavam no Cenáculo: “E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
O que Jesus prometeu se cumpriu naquela noite e se cumpre até hoje: “Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar” (Atos 2.39).


Quem vive realmente o evangelho e não simplesmente lê as palavras, mas as pratica, precisa colocar em suas atividades diárias um tempo para se dedicar a oração em línguas estranhas. O apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 14.18 que: “Dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós”. E olha que ele escreveu isso para a igreja de Corinto que tinha a manifestação de todos os dons do Espírito Santo.

Ainda em 1 Coríntios 14.4, Paulo nos diz que: “O que fala em língua edifica-se a si mesmo”. É exatamente por isso que devemos ter uma constância nessa busca. De acordo com alguns autores, a palavra edificar, traduzida do grego, seria melhor entendida como se fosse carregar. Imagine a bateria de um celular sendo carregada. Assim somos nós quando oramos em línguas, nosso espírito se carrega na fonte e o nosso homem interior ganha músculos.

Creio que muitos de nós, batizados com o Espírito Santo e que oramos em línguas, acabamos deixando de lado esse precioso dom de Deus porque não o entendemos. A verdade é que quando começamos a orar, nossa mente fica infrutífera, ela não participa disso. “Porque se eu orar em língua, o meu espírito ora, sim, mas o meu entendimento fica infrutífero” 1 Coríntios 14.14. E por isso, muitas vezes achamos que não oramos direito. Grande engano, pois quando oramos em línguas estranhas, aí é que oramos de fato e como se deve: “Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).

Nosso idioma, seja Português, Inglês, Francês ou Alemão chega até um limite. Mas o idioma dos céus não tem fim; ele consegue ter a plenitude de Deus. Nenhum ouvido atendo deste mundo pode entender os segredos que Deus nos revela através do seu Espírito Santo quando oramos em línguas. Assim como não devemos negligenciar a oração em línguas, não devemos negligenciar a interpretação delas.

“Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar” (1 Coríntios 14.13). Se você já ora em línguas, busque mais do Espírito Santo até que seja capaz de interpretar o que você está orando. E se você ainda não ora em línguas, busque mais do Espírito Santo. Ele vai te ajudar a receber esse presente maravilhoso dos céus.

24.8.07

A Consolação do Espírito Santo

Como é bom sermos consolados pelo Espírito Santo. Não há melhor colo, seja de marido, de esposa, de pai, de mãe, de irmão ou de amigo que se compare ao colo do Espírito Santo. Todas as vezes que nos sentimos vazios, desanimados, tristes, Ele vem e nos preenche.
Jesus disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14.16).


Mesmo quando não há ninguém por perto, ou mesmo quando há, mas ainda assim nos sentimos só, o Consolador está conosco e ficará para sempre!
Desde a queda do homem no jardim do Éden, onde Adão separou toda a humanidade de Deus – “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” Romanos 5.12 – a vontade do Pai foi trazer o homem de volta a esse relacionamento, por isso que o cordeiro preparado desde a fundação do mundo (Cristo), esvaziou-se de toda a sua glória e morreu por nós: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5.10).
Deus sempre quis estar perto, por isso Ele veio habitar dentro de nós. No evangelho de Lucas 17.20:21, vemos Jesus esclarecer como seria o Reino de Deus a partir da cruz, quando ele cumpriria toda a justiça do Pai. “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o Reino de Deus está dentro de vós”.


Deus, criador de todas as coisas, que não pode habitar em nenhum templo feito por mãos humanas (“Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? – Isaías 66.1), vem habitar em sua própria criação.
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”, disse Jesus no evangelho de João 4.23:24. Jesus olhava ao seu redor e via como os homens estavam presos a rituais religiosos e como a verdadeira e simples adoração havia se perdido. Nesse diálogo com a mulher Samaritana, no evangelho de João, ele explica que não será mais necessário ir a Jerusalém para se adorar a Deus, porque o próprio Deus faria habitação em todos os seus para que em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora e qualquer povo, pudesse glorificá-lO.


Então, no dia de Pentecostes, se cumpriu a promessa feita através do profeta Isaías: “Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo”.
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2.1:4).
Pronto. O próprio Deus veio habitar nos homens. O Espírito Santo veio e encheu o vazio que havia desde o primeiro homem. Ele veio estabelecer o Reino de Deus dentro de nós e com isso, voltamos ao propósito divino.


As consolações do Espírito enchem a nossa vida de graça e renova a nossa fé, pois é Ele quem enxuga as nossas lágrimas e nos faz prosseguir, mesmo que tudo a nossa volta pareça nos amedrontar.

Obrigada, Senhor, pelo Teu Espírito Santo em mim!

15.8.07

O Espírito Santo

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 16.16:17)

No evangelho de João, podemos ler do capítulo 14 ao 16, algumas orientações que Jesus dá aos seus discípulos antes de ir para a cruz. Até aquele momento, Jesus protegia e cuidava de cada um dos seus seguidores, “Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse” (João 17.12), porém a hora de ser crucificado estava próxima e Jesus seria glorificado e passaria a estar assentado à direita de Deus intercedendo por nós. “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Romanos 8.34).

Jesus sabia que o nascimento da igreja seria marcado por perseguições e que todo aquele que resolvesse tomar a sua cruz e o seguir seria alvo de ataques.

“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”. (Mateus 10. 34:39).

O Senhor já tinha avisado que não seria fácil e que quem quisesse viver uma vida santa e justa, seguindo a sua palavra, seria criticado por muitos e, principalmente, pela própria família. Sei que todos os cristãos, os que realmente seguem a Cristo, passam por isso.

Mas Deus não nos dá o problema, Ele nos dá a solução. Jesus disse que esses dias viriam, mas Ele não nos deixaria órfãos, Ele mandaria ajuda. E que ajuda! Ele mandaria o Espírito Santo.
Os discípulos certamente não entendiam o que isso queria dizer até o dia de Pentencostes, quando o Espírito Santo desceu à Terra e fez morada em cada um deles. Certamente, eles pensavam, como a maioria ainda pensa, que o Espírito Santo era uma pomba, uma fumaça, uma nuvem ou uma inspiração de Deus. Meus irmãos, o Espírito Santo é o próprio Deus.
Li em um site que: “O Pai planejou a redenção. O Filho pagou o preço e tornou-a disponível. Mas quem fará com que tudo isto se torne realidade na individualidade de cada ser humano? É o Espírito Santo! Sem Ele, a obra da redenção não é completa”.

Jesus disse que a era que se iniciava com a igreja seria direcionada pelo Espírito Santo, porque Ele iria nos ensinar e nos lembrar das palavras que o Senhor Jesus disse.

“Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar” (João 16.13:14).

Minutos antes de subir ao céu, o Senhor Jesus dá um último aviso aos discípulos sobre o Espírito Santo: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Testemunhar a Cristo é fazer as mesmas obras que ele fez e ainda maiores.
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” (João 14.12).
Você já pensou nas obras que Jesus fez? Pois creia que ele quer que façamos as mesmas obras e ainda maiores.
Jesus disse: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Marcos 16.16).
Mas nada disso será possível sem a presença do Espírito Santo em nossas vidas. Se você ainda não sabe o que é desfrutar de uma vida plena dessa presença, então comece a buscá-la, pois Deus quer muito que você seja cheio do Seu Espírito, e não há nada oculto que não venha a ser revelado.
Comece a buscar a verdade.
Comece a buscar mais do Espírito Santo.

9.8.07

Guardando os nossos corações

Conhecemos bem a sensação de sermos elogiados. Nosso rosto estampa um sorriso, esboçamos uma cara de: “Ah! Para com isso”, mas a verdade é que parece que uma parte de nós fica muito satisfeita em saber que as pessoas pensam coisas boas sobre nós. O reverso da moeda costuma nos causar muito aborrecimento. Basta receber uma crítica ou algum comentário ruim ao nosso respeito que imediatamente perdemos o controle, ficamos tristes, cabisbaixos e não encontramos mais o ânimo de continuar a fazer o que vínhamos fazendo. Creio que todos nós já passamos pelas duas situações acima e sei o quanto é difícil se desapegar desses sentimentos, mas a verdade é que a Palavra de Deus pede que não nos deixemos contaminar por essa opressão sentimental. Se quisermos crescer na fé, devemos aprender o quanto antes a seguir fazendo o que o Espírito Santo nos orienta, independentemente de elogios ou críticas.

Enquanto caminhou nessa terra, o Senhor Jesus fazia o bem, libertava os oprimidos do diabo, curava os enfermos, ensinava e pregava, e estava sempre sujeito as mais belas demonstrações de amor e afeto, até as piores críticas e insinuações.
Em Lucas 7, vemos Jesus sendo convidado para jantar na casa de um fariseu que, contrariando o costume judaico, não o recebeu como devia. Porém, uma pecadora chega no jantar: “E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento”.

O fariseu critica Jesus para si mesmo, mas o Senhor, que conhece os corações, percebe e lhe propõe uma pergunta: “Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?”.
Simão, o fariseu, responde que é a quem mais devia, então Jesus responde: “Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama”.
Em um mesmo momento Jesus era contemplado por uma pecadora, mas era acusado por um fariseu. Vemos, através do exemplo do Senhor, que ele não se deixava abalar nem com elogios e críticas, ele simplesmente fazia o que tinha de fazer. E, naquele jantar, ele tinha que salvar aquela pecadora: “E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz”.


Quanto mais cedo criarmos essa consciência, mas fácil será fazer a obra de Deus. Paulo, na carta aos Filipenses, descreve que sabia servir a Cristo sob qualquer circunstância: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp 4.12).
Essa verdade é tão viva na vida de Paulo que ele chega a dizer que nada o separaria do amor de Deus que está em Cristo Jesus.

Penso que essa ousadia é necessária se quisermos servir a Jesus, pois não tardará o dia em que precisaremos orar por alguém e teremos alguém ou uma platéia contra. E aí? Será que o nosso coração está pronto para isso?